O Deserto
Quando pensamos em deserto logo vem à mente uma idéia
de aridez. Esta idéia é de fato a principal e comum característica encontrada
em todos os desertos da terra.
Tratando-se de uma região seca, de excessivo calor ou
frio e que possui baixo índice de precipitação (chuva); não há favorecimento à
vida, mesmo para seres e plantas que se adaptaram a tais locais.
Numa visão mundial percebe-se que 15% das terras
continentais são desertos inóspitos, pouco habitados, de difícil exploração e
muitas das vezes mortais para aqueles que desafiam suas forças sem os devidos
recursos ou conhecimentos essenciais à sobrevivência.
Já quanto a classificação existem os desertos de latitudes
quentes, de zona temperada e polares.
Os de latitude quente podem ser subtropicais quentes (de
ar quente e seco) e o litorâneo (com a presença de nevoeiros marítimos, mas com
raras chuvas).
Os da zona temperada possuem invernos frios e
amplitudes térmicas muito acentuadas, uma vez que se trata de climas de tipo
continental.
Os desertos frios pode ser desertos polares (ocorrem nas
altas latitudes, 55º no hemisfério Sul e 65º no Norte. Seus invernos duram oito
meses e apresentam temperaturas médias de -20º C); polares continentais
(apresentam temperatura média inferior a -30º C. As altas cordilheiras
apresentam climas semelhantes ao polar continental) e; polar glacial (inverno
perpétuo).
Diante desta simples apresentação extraída da
enciclopédia Barsa, livro cinco, págs132 a 135, já podemos tirar algumas
aplicações espirituais. O principal entendimento está no deserto ser um lugar
árido, que não favorece a vida devida acentuada temperatura, quente ou fria, e
ausência de quase todos os recursos essenciais à vida e sua sustentação, sendo
os principais a falta de água e alimento.
O homem de Deus necessariamente terá que passar por
três lugares em sua caminhada da fé em Deus. O primeiro lugar é o deserto
(lugar de dependência de Deus), o segundo é o vale (lugar de decisões e lutas) e
o terceiro é o monte (lugar de entrega e busca). Cada qual, em seu tempo,
oferece ou exige algo para nos aprovar ante as constantes lutas contra o
pecado, o mundo e Satanás. Bem como, nosso constante aperfeiçoamento trabalhado
pelo Espírito Santo.
Contudo nos cabe saber que ninguém deve enfrentar um
deserto, ou qualquer outro lugar, espiritualmente falando, se não for
impulsionado pelo Espírito Santo de Deus, Mateus 4 1 a 11. Jesus só foi para o
deserto depois que recebeu o revestimento de poder vindo do pai para a missão
que lhe era proposta. E mesmo no momento mais difícil de sua dependência e
propósito para com a obra redentora, Ele teve que se valer da Palavra de Deus
que cria e vivia. Não basta ir ao deserto e saber com se virar por lá, tal como
o Senhor que passou sua prova por 40 dias em jejum e oração. É preciso depender
de Deus e ser por Ele guiado, só assim sobreviveremos sem danos aparente ou
mortais.
Considerando
um deserto calmo, por si só é um lugar impróprio para vida se desenvolver e ser
fértil. Mas o deserto é muito mais: São as tempestades de areia, as miragens,
as distâncias de dias sem referencia ou Oasis, paradas ou hospedarias. Consideremos
também os poucos mais mortais animais venenosos como os escorpiões, serpentes e
formigas venenosas. Espinhos, areia movediça, pedras, altos e baixos. Tudo é
parte de um deserto. Não bastasse esta idéia hostil, o inimigo quer nos
encontrar nele no momento de nossa maior fraqueza. Não será fácil o confronto,
mas seremos vitoriosos não negando, jamais, o nosso Deus e Pai.
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e
na força do seu poder.” Efésios 3.10
Pr. Rogério Maia –
jan/2014